quinta-feira, 19 de junho de 2014

Chegada a casa dos meus familiares as surpresas continuaram, o papagaio estava agarado às grades da gaiola em modo off, estático, estranho, mudo, apático e inerte, parecia embalsamado, os gatos esfomeados, o cachorrinho e a Sol a desfalecerem de fome e sede, em cima da mesa da cozinha as diferentes mercearias espalhadas, louça suja na banca e no chão e os armários vazios, a coisa piorou, chegada às outras divisões, o quarto de banho e a varanda estavam alcatifadas de fezes da cocker e do cachorro, a areia dos gatos, uma imundície, o cheiro nauseabundo a urina dos animaizinhos. Liguei para eles a avisar em que estado encontrei a casa. Voltaram mais cedo porque a pessoa a quem tinham dado abrigo fazia meses, desmazelou-se em relação às tarefas com as quais se havia comprometido e negligenciou a alimentação dos animais de estimação. Quando deram de caras com a casa em estado de sítio e porque a situação exigia medidas rápidas fomos todos obrigados a ajudar, horas depois, vassoura, pá, esfregona, detergentes, espátula, lixívia e sacos de lixo a nossa missão limpeza estava cumprida. Não podemos delegar facilmente a segurança da nossa casa e o cuidado de familiares nas mãos de pessoas que pensamos conhecer bem, porque no fim desiludem-nos, o que é lamentável!

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