segunda-feira, 2 de maio de 2016

Não Matem Os Mosquitos

O zunido dos mosquitos torna o silêncio respirável e menos entorpecedor Não quero balas no estendal da roupa Nem casas esburacadas por metralhadoras Tão-pouco corpos em sangue que entram em horas desolhadas na tela da tv Quero para mim o silêncio onde os mosquitos dancem ao som da música da nossa respiração Podem pousar nas folhas dos livros e deixarem caganitas nas janelas e nos candeeiros Isso tão pouco me importa Deixam as suas impressões digitais Como os desenhos que eu faço com tinta da china Nos caminhos mansos da tua pele. Daniela João Portugal

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