Fez ontem uma semana que interromperam um Sonho estranho, atendi o telemóvel e fiquei sem saber o aviso que as fadas me queriam dar...Eu conduzia sozinha um Camião TIR, numa estrada com muitas curvas, durante uma noite escura como breu, piorando na ausência de estrelas!! Percorri com ansiedade gélida um longo caminho, sem casas a ladear o percurso que era feito de alcatrão tão negro como as sombras dos fantasmas residentes dos filmes de terror. Mais adiante então, dou de caras com um restaurante no rés-do-chão, residência no andar superior. Estacionei o camião ao lado do estabelecimento, entrei, pousei a mochila numa cadeira colada a uma mesa quadrangular de madeira cor de mel. Era Verão e as pessoas etavam felizes, interagiam numa cavaqueira animada, uma mulher expressava-se na Língua de Víctor Hugo. Dirigi-me à casa de banho, onde para me refrescar da fadiga da condução solitária, lavava o longo cabelo castanho dourado quando um forte ruído na porta me trouxe à realidade. Alguém precisa vir aqui, pensei. Ao sair dei conta que eram 3, as clientes a necessitar do lavatório, sanita ou ambos. A que era mais jovem, cabelos cor de azeviche, foi a 1a a entrar, 2 permaneciam em fila indiana, velhinhas, altas, uma delas entroncada, com um cabelo grisalho num estilo sóbrio, penteado com forma arredondada no alto da cabeça, a outra mais baixinha e esquelética tinha um rosto cavado onde as olheiras se adensavam mais...Quando o som do meu telemóvel me levantou literalmente do chão fiquei a pensar no recado que as 3 Fadas me queriam transmitir...
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