quinta-feira, 22 de maio de 2014

Boa-noite a todos os meus leitores e leitoras que contribuem com a sua leitura para o crescendo do número de visitas de página do nosso blog. Chove desde 2a fa na minha cidade, vesti uns jeans clockhouse com o logotipo da caveira à laia dos piratas, desenhada com minúsculos metais prateados no bolso direito, uma camisola com riscas cinza e rosa e as minhas botas timberland, em tom de caramelo, mochila às costas, tinha começado a chover não voltei a casa para ir buscar o guarda-chuva e levei com um banho daqueles para esquecer, cheguei ao café como um pinto encharcado mas nada que deixe amolgadelas permanentes nos ossos, por enquanto, com o avançar da idade se verá, até lá aguentei a roupa molhada no corpo e pedi a uma pessoa da minha estreita confiança, até prova em contrário, para ir a casa procurar o meu porta - óculos, aliás um dos, faço colecção, sem eles fico pior do que uma mulher nua. Um café Sical depois e um chá verde da Gorreana, o chá dos Açores, aqui estou pronta para tudo, rija como o aço, as três primeiras letras, e res, coisa, que rima com dores e dores de aço? São daquelas que se aguentam haja o que houver. Para quem não saiba e eu própria tive conhecimento do facto faz pouco tempo, através da minha mãe, talvez ciúme que ela guardou muito tempo, fui amamentada pela minha ama de leite, de tez negra o que faz de mim a branca, sardenta mais negra de sempre em contraposição com o Michael Jackson, o negro mais branco. Não que isso me afecte, até me deixa duplamente orgulhosa, do lado da minha bisavó materna, alta, alva, loura e de grandes olhos azuis herdei um certo ar escandinavo, o meu cabelo louro escuro e as sardas são o carimbo e depois o ímpeto da savana africana resulta numa mistura entre beleza natural clássica com um travo exótico.

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