sábado, 17 de maio de 2014

Antes gomas, do que tremoços, voltarei aqui para me inspirar em conversas matinais de confeitaria, com sabores e aromas vários, a bolos, café, chá, pão, torradas, música ambiente e clientes que chegam e partem e um dia se lerem este blog, vão pensar que serena e discreta eu imortalizei aquele segredo da infância bem guardado, no coração de uma mãe que se via obrigada a comprar ao filho, para que ele não chorasse, rebuçados embrulhados em celofane vermelho. Agora percebo porque há homens cujo fetiche são unhas das mãos e pés, pintadas de vermelho e se tornaram com o avançar da idade, benfiquistas, é que acompanhavam as mães ao cabeleireiro, todos os santos sábados, de manhã.  Eu acompanhava o meu Pai, em longas viagens estrada fora na Daf e na Mitsoubishi, ignorando o pó amarelo da estrada e fixando sempre o olhar no azul do céu a perder de vista, de tanto guardar o azul as outras cores perderam a importância, vou comprar verniz azul, de tanto gastar, só sobreviveram o amarelo, roxo, bordeaux, verde alface, laranja, já podia pintar um arco - íris nas mãos e lançar para o Céu! 

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