segunda-feira, 10 de março de 2014

Corria o mês de Dezembro e eu estava em casa preparando um lanche quando comecei a sentir uns estranhos arrepios o meu avô estava acamado em sua casa aos cuidados da minha avó a uns minutos dali a leitora das cartas Fernanda o seu amigo António e a filha da primeira eram minhas visitas habituais e a Fernanda insistiu para que eu não os deixasse sózinhos. Já de madrugada então acordei de um sonho eu estava junto ao mar de água verde azulado numa ilha ao fundo esguias palmeiras quando aparece um rapaz pouco mais novo o cabelo louro aos cachos até aos ombros e os olhos verdes claros a perguntar-me porque chorava ao que respondi que tinha perdido o meu colar apontando na direcção da água prontamente ele nadou até lá e trouxe-me de volta na concha da sua mão direita um medalhão de ouro cuja inscrição não estava bem nítida mas julgo saber agora tratar-se do símbolo do infinito era como se eu estivesse olhando num espelho o  meu cabelo também era louro ondulado e longo os meus olhos verdes claros e no segundo que acordei olhei-o pela última vez tinha ao pescoço um colar igual ao meu. Voltei a dormir de manhã cedo fui a casa da minha avó o carro funerário à porta denunciava o meu avô àquela hora estava nos braços do Senhor. Avisei a escola a minha filha  mais nova ia faltar nesse dia.       

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